domingo, 21 de junho de 2009

Platonismo em preto-e-branco.

Meu amor discreto, ninguém sabe daquilo que é nosso. Porque disso ninguém tira, nada! Somos completos, mesmo sem ter testado a perfeição. Somos um, como dois e dois é o que dizem. A minha tristeza vai embora, mesmo quando de vejo tão solto, tão longe de mim. E esse teu poder, era tudo que eu queria entender. Mas ai então tudo perderia a graça, e o que seria de nós? A lua é mais bonita justo porque tem uma parte que desconhecemos, aquela sombra em que habita São Jorge matando meus dragões.

Seu amor é o que eu ainda quero ter, sem medo de parafrasear o velho forró que um dia espero que dancemos juntos. Mas sei que não somos para agora, assim seria muito fácil. Viemos ao mundo para passar pelas dores de quase-amor, antes de achá-lo por fim inteiro.
A minha tristeza vai embora, só de pensar que um dia ainda podemos ser e estar. Aqui, ali... Em qualquer lugar isso pouco me importa. Que tal amanha, um cinema? Um café seria ótimo. Podemos só dar um oi e então tudo daria certo. Te ver dar certo, tenho que admitir.

Mesmo achando seu jeito tão egoísta, teu coração tão leviano. Mesmo sendo você quem é, tão absorto em você mesmo, como se o mundo girasse a tua volta. Ao abrir os olhos para o que realmente é preciso ver, não... Você não irá se arrepender, ou muito menos ficará cego. São só suposições um tanto quanto platônicas. Bem ao meu estilo de avoada.

E eu não sou perfeita, mesmo querendo tanto ser flor de vidro, vitória régia. Meus espinhos ferem e arrancam pedaços ao olhar. Mesmo assim continuo com o mesmo cheiro, frágil e tão fácil de quebrar. Preciso sair da redoma de vidro e projetar o que posso. Ou talvez, o que é nosso.
Eu te espero. Desculpe-me o texto clichê, é que agora eu ando assim. Sou feita dessas frases feitas, ao menos estou sendo assim. No gerúndio para incomodar aqueles que ainda não se incomodaram com a melosidade deste texto meloso e cheio de sublinariedades. Mas acabei por aqui.

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